Alternativa

Há momentos na vida em que realmente ficamos entre a cruz e a espada. Vivemos isso, em Salesópolis, neste momento. Corremos  risco de sofrer sob o peso da cruz – se tivermos mais uma decepção - ou reviver situações conhecidas  que em nada contribuíram para a solução de nossos problemas.

Somos, provavelmente,  o único município a pagar 100% sobre o valor da água como taxa para manutenção da rede de esgoto para fornecer água limpa à Sâo Paulo (que outros municípios estariam em situação idêntica?);

Somos proibidos de construir casas a nossos filhos em nossa própria cidade (minha filha optou por construir na cidade vizinha – com dois lotes da família disponiveis no Totozinho Cardoso; meu sobrinho foi obrigado a procurar outra casa no centro quando a que construía no Zé Cândio foi embargada na altura da laje) – o direito à moradia aqui só consta na Constituição (quantos outros não vivem situação parecida?).

A Sabesp diz que tratamos 100% do esgoto (à nossa custa). No entanto, todos sabem que o rio Paraitinga está poluído... (alguma autoridade contesta isso?);

A monocultura do eucalipto está falida – nenhum dos administradores anteriores foi capaz de prever e evitar isso, oferecer alternativas, buscar soluções, discutir a situação (nosso comércio está falindo, também, por conta disso);

A Saúde está doente e só é usada como meio de projeção política e vantagens pessoais. A solução é simples, mas não seria vantajoso aos administradores que não queriam matar a galinha dos ovos de ouro... (alguém sabe do que estou falando?);

Drogas: descontrole total! Quase todas as famílias estão comprometidas (as que acham que não estão é porque geralmente não sabem) e não vejo comprometimento por parte das administrações que preferem varrer a sujeira para debaixo do tapete ou fazer vista grossa (alguém vê uma luz no fim do túnel?).

Já é histórico que quem supostamente teria feito um bom governo na primeira administração, fracassou na segunda. Imagina, então, para quem deixou a desejar logo na primeira... Quanto aos vices, criticaram seus titulares, elegeram-se com essa bandeira e não trouxeram nada de novo (alguém acredita em mudança sem renovação autêntica?).

Olhe na sua conta de luz e veja a "taxa" da CIP no valor de R$ 3,00 - é herança de um dos candidatos a prefeito e (no mínimo) de dois vereadores (um da legenda do PR e outro da legenda PV); o PROLOP - no bairro Fartura - (e toda a sua história mal contada) teve participação ativa e determinante de um dos candidatos a prefeito (alguém sabe o que isso significa em termos de captação de recursos para construção de casas populares e o que nossos políticos conseguiram fazer - ou desfazer - em cima disso?).

O fiasco da proibição das sacolinhas nos supermercados é obra de quem mesmo?  Por que não temos, ainda, um novo cemitério? E olha que esse grave problema já se arrasta, no mínimo, desde 2000 - quando foi publicada matéria minha no jornal "A notícia" alertando sobre a gravidade da situação - em plena administração Feital (que, por sinal, faleceu ano passado e, salvo confirmação contrária, foi sepultado em outro município)... Por que nossos jovens continuam desempregados? Por que o transporte coletivo não melhora? Por que e estrada de Santa Branca a Salesópolis mantém-se uma lástima? (sabemos que a responsabilidade direta é do DER, mas os prefeitos precisam ficar de braços cruzados com perigo tão iminente e constante?). Por que até hoje não fizeram a reposição dos aparelhos de recepção de imagem da Torre de Transmissão? (quem não possui antena parabólica estaria hoje com apenas uma canal em sua TV e parece que ninguém dá a devida importância a isso - qual o sgnificado disso, senão o desprezo aos menos favorecidos?)

Só nos resta, então, investir no novo. Entre a espada e a cruz, prefiro o risco de carregar o peso desta! Até porque somos, de fato, todos responsáveis... E eu, mais do que ninguém, sei o quanto é importante esse voto de confiança que pode, sim, fazer toda a diferença! Mais importante que tudo, porém, é saber direcioná-lo.