terça-feira, 29 de novembro de 2011

Entrar é fácil, sair é que são elas...

Foto: Felipe Oscar

MOMENTO DE REFLEXÃO

Guina/PT devia estar se perguntando no momento da foto: "Meu Deus! Como farei para sair depois da sessão?" E sua preocupação realmente não era infundada, pois foi o maior sufoco... Não muito diferente, na verdade, da sessão anterior! "Até quando vai isso?" É o que deve estar agora se perguntando... O mesmo vale, obviamente, para a quase totalidade da Câmara.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Boca de siri!

Reclamação? Nem pensar!!!

Parece que na sessão de hoje - 28/11/2011, na Câmara Municipal de Salesópolis, será permitida a entrada de apenas vinte pessoas. E todas sem cartazes... Dentro do recinto não seria mais permitido qualquer tipo de manifestação, verbal ou em silêncio! Incrível! O povo praticamente proibido de entrar na sua própria Casa e, principalmente, manifestar-se mesmo que de forma ordeira, pacífica... Enfim, acho que os vereadores se sentem pouco à vontade com o grito do SILÊNCIO!
Estariam, com isso, ouvindo a voz da própria consciência?...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Prevaleceu o corporativismo na Câmara

Câmara Municipal de Salesópolis em 21/11/2011 - Manifestantes reforçaram o pedido de cassação da vereadora oficializado por uma munícipe, mas seus pares optaram pelo corporativismo protegendo a colega.

Cinco vereadores: Paulo Banespa/PSDB, Ratinho/PSD, Angelino/PSD, Pedrinho Fonseca/PSD, Guina/PT, aprovaram com urgência impressionante, sob a batuta do Presidente da Câmara Tião Boy/PSDB, a não aprovação da cassação da vereadora Deise e a não formação de uma Comissão de Inquérito para apuração dos fatos e de uma possível responsabilidade do prefeito Adilson Bolinha/PSDB na liberação dos carros.

Entendendo o que ocorreu na Câmara:

Como líder do prefeito na Câmara, Tião Boy fez o seu papel, defendeu com unhas e dentes o Prefeito do seu partido e a vereadora (Deise/PSD) do partido do vice-prefeito. Paulo Banespa é filiado também no partido do prefeito. Ambos teriam motivos, obviamente, para neutralizar a Oposição e abafar o caso, abortando imediatamente a investigação que visaria apurar as responsabilidades – tanto da vereadora quanto do prefeito e principalmente deste.

Ratinho, Angelino e Pedrinho migraram recentemente para o partido do vice-prefeito. Antes eram, respectivamente, do PR (Angelino), PTB (Ratinho) e PMDB (Pedrinho). Pedrinho vem do grupo do Feital (Marcelo Duque, Deise e Cia) que agora apóia o vice-prefeito e por conseqüência faria parte, também, do grupo de apoio ao prefeito – já que eles estão, aparentemente, todos juntos. Na eleição passada Angelino apoiou Rafael, Ratinho apoiou Jacaré. Todos eles alinhados agora, pelo visto, com Adilson (prefeito) e Gilberto (vice-prefeito).

O posicionamento do Guina/PT deixou a desejar. Seu voto era vencido, não faria diferença no resultado final, uma vez que a Situação precisava apenas de quatro votos; sequer precisaria do voto-minerva do Presidente - a menos, é claro, que o Pedrinho resolvesse alinhar-se de acordo com a ética e o bom-senso e esquecesse, em momento tão delicado, os acordos partidários incoerentes com a vontade popular. Era o mínimo que seus eleitores esperavam dele - com certeza estão todos decepcionados agora.

Por que não subiu na Tribuna e levantou a questão como um verdadeiro representante do povo? Isso vale para todos, inclusive para Angelinho e Ratinho que sequer se elegeram com o prefeito e o grupo ao qual defendem agora. Por que Pedrinho não agiu independente de seus colegas partidários - pois supõe-se que cada vereador tenha sua própria personalidade, em vez de se comportar como simples marionete? Por que optou por ser como os demais que se perpetuam na Câmara sempre calados como se o povo não tivesse voz? O marinheiro de primeira viagem perdeu a oportunidade de mostrar a que veio em vez de anular seu caráter e transformar-se em "persona non grata" - aparentemente por nada.

Será que é tão inocente assim para não perceber o quanto pode estar sendo manipulado pelas chamadas "forças ocultas" nomeadas por Jânio Quadros? Ou essas forças locais não seriam tão ocultas assim? Que motivos justificariam enfrentar o povo de cara limpa e poder dizer: "...sei o que estou fazendo e tomo essa decisão com a consciência tranquila! Sou grato aos meus eleitores por poder representar dignamente os anseios populares e defender com justiça o interesses da maioria e não apenas de algum grupo privilegiado."

Pedrinho, portanto, livrou Boy da responsabilidade de um eventual desempate. Quanto ao Guina, ninguém entende por que não se alinhou aos outros dois vereadores (Ney/PR e Vanderlon/PTB), optando pelo apoio suplementar e aparentemente gratuito à Situação.

Ney é do partido do Rafael e Vanderlon provavelmente vai apoiar Rafael também ou o Nêgo. Compreensível, portanto, alinhar-se como Oposição. Estaria Guina assumindo compromisso com o Adilson ou seu vice para a próxima eleição? É o que parece... Mas, num caso delicado como esse, não seria cedo ainda para esse alinhamento? Seria uma estratégia política? Que argumentos o convenceram? Precisamos de mais elementos para compreender melhor tudo isso e chegar ao entendimento.

Realmente não dá para ver coerência no posicionamento do Guina, senão através de acordos. Mas que tipo de acordo poderia atraí-lo e convencê-lo? Estaria seu partido alinhado ou sua decisão é independente? Quais são suas pretensões e a de seu partido na próxima eleição? O povo precisa entender isso também para refletir sobre a melhor forma de votar.

Esse é o perigo de se votar em candidatos a vereador pelo mesmo partido ou coligação do candidato a prefeito que se escolhe na eleição ou em candidatos sem idealismo, infiéis ao Partido de origem, sem compromisso com o Estatuto Partidário ou com o eleitorado. Depois de eleitos acabam formando um grupo fechado - geralmente por interesses pessoais - e o povo fica sem a parte fiscalizadora do Legislativo em relação ao Executivo.

Entretanto, independente de posições partidárias, nada justifica a não formação de uma Comissão de Inquérito para apuração dos fatos. Até porque quem não deve não teme e quem teme faz de tudo para não ter que se explicar ou justificar seus atos.

Daí a necessidade da Câmara ser de preferência Oposição. Difícil, entretanto, é o Povo compreender como se faz isso. Prefeito que alega precisar de maioria na Câmara para aprovar seus projetos e contas, é porque geralmente não se alinha com as necessidades reais da comunidade nem administra com transparência e isenção. Daí a necessidade de se blindar, através do Legislativo, contra os questionamentos populares. Tendo maioria na Câmara ele pode fazer o que bem entender que ela vai endossar e o povo terá que aceitar pois escolheu-os para seus representantes legítimos. O prefeito estará, neste caso, com a faca e o queijo na mão. E o Povo sem gato para vigiar os possíveis ratos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Boca no trombone

Nilton desabafa toda a sua indignação e que é a mesma de todos os salesopolenses sérios.

O casal salesopolense Nilton e Suely Roland colocou literalmente a boca no trombone no lado externo da Câmara Municipal de Salesópolis, em tribuna livre na rua, na noite do dia 21 de novembro, durante a sessão - já que dentro foram amordaçados. Antes, porém, fizeram manifestação silenciosa no prédio (durante a leitura da Ata da Sessão anterior), através de cartazes, solicitando a cassação da vereadora surpreendida em flagrante delito – uma vez que é ré confessa.



Os vereadores Tião Boy (na condição de voto minerva), Paulo Banespa, Ratinho, Angelino, Pedrinho Fonseca e Guina, inviabilizaram a cassação da vereadora Deise. Mostraram, com isso, sua própria personalidade numa postura certamente inadequada aos anseios populares. O que já era de se esperar de alguns deles, mas não dessa grande maioria – principalmente de Guina e Pedrinho.

Se pelo menos os dois tivessem apoiado a reivindicação popular, não haveria maioria na votação a favor dela e o povo teria a resposta que se esperava deles. Perderam a chance de serem aplaudidos em pé e reconhecidos como seus verdadeiros representantes e não vaiados como foram. Isso nos mostra claramente um tendência...

Está provado com isso que o povo não tem maioria na Câmara, o que significa que não temos representação verdadeira. Apenas representantes legais que atendem provavelmente a outros interesses, não aos da comunidade que os colocou lá e que agora se vê ignorada nas suas manifestações legítimas. De onde surgiu esse direcionamento e o que os leva a isso? É a pergunta que todos devem, ou pelo deveria, estar fazendo.

Avaliando as possibilidades, um eventual empate seria depois decidido com o voto minerva do Presidente da Casa e todos podem deduzir com facilidade qual seria o desfecho. Pela lógica a vereadora estaria realmente blindada, mas pelo menos não seria tão fácil como foi e o responsável pelo desempate teria nas mãos uma batata quente. Agir com bom-senso ou enfrentar sozinho a fúria popular.

Se Guina e Pedrinho fizessem a conta básica de matemática, saberiam que isso ocorreria e que mesmo o voto isolado de um deles não afetaria o desfecho. Por que, então, blindaram o suposto carrasco? Quem os convenceu e com que argumento? Por simples solidariedade é que não deveria ser. Politicamente foi um tiro n’água. Que outros motivos os levariam a ir contra uma atitude considerada de bom-senso para si próprios e para a comunidade, se seus votos realmente não fariam diferença no resultado final? É um caso para se pensar...

Segundo informações extra oficiais, a vereadora teria alegado problemas de saúde para não comparecer à sessão. Seria interessante saber se há atestado e que médico teria liberado esse documento, pois todos sabem que o problema dela é outro... Mas, enfim, pode ser que sua ausência seja simplesmente computada. E depois, obviamente, descontado no subsídio da vereadora. Vamos esperar para ver, antes de julgar...

Na próxima sessão provavelmente não comparecerá também - estaria providenciando atestado para o povo pagar pela sua ausência e comodidade? Ou simplesmente teria a nobreza de caráter de assumir o prejuízo pessoal por não poder se apresentar em razão dos fatos e da vergonha de aparecer em público e enfrentar as manifestações?

Depois disso deverá começar o recesso parlamentar. Ponto para os vereadores que não terão que se explicar na tribuna e principalmente para ela que poderá se esconder tranquilamente sem mostrar a cara ao povo, sem se estressar, sem ter que enfrentar a realidade desmascarada. Talvez seja hora do povo sair às ruas mascarado também para se esconder da pouca vergonha que a mídia mostra em nossa cidade. Bem que poderíamos ter ficado sem essa...

Desta vez, porém, os vereadores mostraram a que vieram. Uma atitude dessas me leva a refletir sobre que interesses levariam nossos representantes a enfrentar o povo numa situação como essa, sem sequer questionar entre seus pares na tribuna, sem avaliar e discutir a questão com bom-senso, sem considerar aquilo que segmentos da comunidade estão pensando e reivindicando, sem fazer prevalecer a sua própria personalidade (ou será que fizeram?) e a dignidade de caráter - ou será que eles não o têm?

A conclusão a que chego são duas possíveis: eles não têm a mínima noção do que seja ser um representante legislativo ou então só pensam em si próprios, nos seus interesses pessoais e de seus familiares, aceitando talvez algum tipo de acordo que possa trazer-lhes vantagens mesmo que à custa do prejuízo popular. Somente isso daria sentido ao que fizeram.

Não é possível que sejam tão inocentes e sem imaginação (para não dizer outra coisa) para não compreender a gravidade da situação e desconhecer a melhor maneira de conduzir um debate sadio e necessário para se chegar a uma conclusão coerente, justificável e aceitável. Por que ficam calados, por que não debatem, por que não defendem seu ponto de vista na tribuna, por que não fazem as perguntas necessárias em busca de respostas, por que não respondem às perguntas feitas pelos questionadores de plantão? Seriam apenas marionetes a serviço de interesses contrários aos da comunidade?

Não vejo outra explicação plausível, algo parece estar realmente muito errado em nossa Câmara Municipal e é preciso uma manifestação popular mais forte para mudar esse estado de coisas em nossa cidade. Ou, então, é melhor nem ter mais Câmara. Para quê, apenas para nos dar despesas? Melhor seria, então, VOTAR NULO para vereador também. Seria uma maneira de o povo dizer ao TRE: não precisamos de representantes nulos na Câmara, vamos economizar essa despesa e cobrar diretamente do prefeito por suas atitudes. Aliás, está na hora do povo aprender a fazer isso de forma constante e não apenas em alguns casos específicos. Porque, pelo visto, se dependesse do nosso Legislativo estaríamos realmente roubados. Com o dinheiro dos nossos impostos indo diretamente para o ralo...

A alegação dos defensores pela não aprovação da cassação de que haveria interesses políticos através de movimentos de oposição por trás desta reivindicação popular, não se sustenta. Quais foram, afinal de contas, as justificativas? Claro que movimentos de oposição sempre vão existir e é natural e bom que possa ser assim para haver equilíbrio - o voto contra do Ney é exemplo disso, mas não tira o mérito do seu posicionamento.

Talvez tenha sido cômodo para ele na votação e bom para o seu candidato a prefeito – seja ele qual for, por vir de encontro ao interesse político-partidário do seu grupo. Mas quem lhe deu a chance de dar a palmatória na mão do outro foi quem fez a coisa errada e quem a endossa agora. Claro que há interessados em que ela seja afastada do Legislativo por motivos políticos também. Se ela saísse, assumiria o Serginho e isso talvez facilitasse a aprovação de pendências na Câmara que o Rafael talvez precise para realmente viabilizar a sua candidatura.

Mas, e daí que isso acontecesse? O povo sabe disso, os formadores de opinião não estão alheios a esses fatos e ninguém está sendo enganado, pois a mídia poderia mostrar tudo isso depois e gerar outros questionamentos no momento oportuno. O que ocorre é que se corre o bicho pega, se fica o bicho come. Há momentos em que temos que decidir e as escolhas são prerrogativas de quem tem inteligência para discernir principalmente sobre o que é certo ou errado e o que é prioridade ou não. O foco agora era punir uma falta grave, a avaliação de outras faltas ou coisas mal direcionadas e iniciativas sobre o que e como fazer poderia vir depois. A verdade é que os vereadores que aprovaram a não cassação perderam o foco e pisaram na bola... E pisaram feio!

Se o povo tivesse boa memória e aprendesse a votar, na próxima eleição teria uma ótima oportunidade de limpar a Casa. O povo, entretanto, não sabe como fazer isso e provavelmente nem se interessa em aprender. Os candidatos também não ajudam nem um pouco nisso – com que interesse se voltariam para isso se não lhes traria vantagem alguma?

O recado que os vereadores nos deram, negando a cassação dela, foi que a Deise está certa, que ela teria mais é que fazer isso mesmo e que eles também fariam o mesmo se pudessem, se quisessem, se tivessem oportunidade... Prevaleceu o corporativismo - uma mão lavando a outra e as duas lavando a cara de pau. Sim, pois com que cara eles vão agora enfrentar a comunidade? Acabou tudo em pizza! Ou será que não acabou ainda? Só se fizer um panelaço, do contrário o povo não vai acordar... Nem eles vão voltar atrás, pois se julgam imunes a tudo.

Pelo jeito tudo vai mesmo acabar em pizza! Prevaleceu, como já era de se esperar, o corporativismo! A vereadora não sai. Talvez, com isso, saiam todos eles... Vai começar, agora, o panelaço! Ou não? O povo é quem decide... Senão agora, pelo menos nas urnas no ano que vem!

sábado, 12 de novembro de 2011

Deise - na boca do povo!

Vereadora Deise

Como exercer com isenção a função fiscalizadora do Executivo quando o vereador aceita favores do prefeito ou dos subordinados deste na Prefeitura? E o que pensar do representante legislativo quando este, além de vereador, faz parte da Comissão de Ética da Câmara e é funcionário público? Salesópolis vive momentos atípicos na mídia por conta disso.

A comunidade indignada se mobilizou através das redes sociais e a última sessão na Câmara (07/11) foi tumultuada. Houve até uma cidadã que, fugindo ao protocolo, dirigiu a palavra aos vereadores, quando isso é proibido pelo Regimento. A reação foi imediata e ventilou-se a possibilidade de se chamar a polícia. A situação ficou mais tensa quando outro cidadão afirmou que se alguém fosse para a cadeia teriam que levar todos dali. Questionou-se, também, por que o vereador faz a coisa errada e o cidadão é quem deve ser punido.

Após esse episódio, no decorrer da semana, o casal divulgou um manifesto e a presidência da Câmara respondeu imediatamente, com mais pressa que bom-senso. Tudo indica que as coisas daqui para frente só tendem a piorar...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Editorial

Meu Entendimento Reflete-se no Dia de Amanhã
(acróstico)






Vivemos realmente num mundo de ilusões. Uns iludindo-se com o que vêem, outros com o que não conseguem ver. O Poder constituído sempre escondendo algo ou deturpando a realidade dos fatos. Daí a necessidade de uma Imprensa Livre. Mas como conseguir isso num ambiente onde prevalece o poder econômico, a falta de ética e o interesse monetário da mídia? Exemplo típico disso são os jornais regionais com suas visíveis tendências políticas, quando não direcionamentos específicos. É visível a propaganda a um político de carreira e a crítica geralmente infundada e maldosa aos demais (principais adversários daquele). Fica com isso um jogo de ping-pong onde o povo nunca sabe o que é de fato verdade - somente que os políticos estão brigando entre si. E o que realmente deveria interessar à população - que é a transparência do acontece nos bastidores partidários e do Poder, fica ao sabor da fofoca. O cidadão continua, com isso, alienado. Não é por acaso, portanto, que produz nas urnas o que os atores gostam dizer entre sí, a título de saudação, grito de guerra e desejo de boa sorte, antes de uma apresentação teatral: MERDA! Quem conhece a história do teatro, sabe o significado disso. Mas isso há de mudar! Pois o desejo sincero de todos com certeza é outro. E nossa esperança é que todos possam ver e compreender o que acontece e o que podem fazer para mudar as coisas de forma positiva e construtiva.