Vanderlon, QUICO e Rafael
Há quem diga que a amizade entre amigos perdedores dura até a eleição e, entre vencedores, quatro anos. Nem todas, porém, duram tanto. A união do Quico com o Rafael durou dois anos e meio durante o mandato. E isso porque foram os vencedores naquela eleição. O povo não entendeu o que aconteceu e nem sabe mais distinguir a verdade da mentira absoluta. Segundo Rafael, Adilson teria sido o denunciante e único responsável pelo afastamento do Quico. Esse mesmo denunciante seria depois o vice do Rafael. A troco de que alguém aceitaria como parceiro quem, para ele, traiu seu titular de chapa na eleição anterior?
O expulso da Prefeitura está agora de braços dados com o beneficiado pelo seu afastamento – a troco de quê? Para se vingar daquele que teria facilitado para o outro se apossar da cadeira dele? Seria um ato de covardia, sem-vergonhice despudorada ou simples manobra política? As famílias, obviamente, defendem os dois. Há algo, entretanto, no ar...
Na eleição passada Rafael se uniu ao Nêgo e achava que não tinha pra ninguém. Deu no que deu, perderam a disputa. Nesta Rafael consegue o apoio do Quico e acha que não tem pra mais ninguém. Uma eleição nunca é igual a outra, mas o eleitorado é sempre volátil. Só precisa de uma espoleta para detonar.
Quico abriu mão da oportunidade de manter-se numa posição neutra ou discreta, apesar de seu filho ter se unido ao grupo do Rafael por conveniência ou necessidade política. Seria algo compreensível. Sua atitude, obviamente, demonstra mais que uma simples reconciliação... A interpretação, entretanto, é muito subjetiva. Afinal, tudo numa disputa eleitoral é Maquiavélico, mas o povo conhece e compreende os conceitos e conselhos de Maquiavel?
Somos todos donos de nossas próprias decisões e responsáveis por nossas ações e conquistas. Ninguém faz nada sem motivos e ele certamente tem os dele, apostando que a decisão seja a mais acertada ou no mínimo a mais conveniente para provocar uma polêmica e manter-se na mídia - independente do resultado nas urnas nesta eleição. É um direito dele ser ou parecer diferente! Assim como o povo de interpretar como quiser! E ler nas entrelinhas. Se souber...
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